Presidente estadual e diretora nacional da UJS Ticiana Alvares faz um relato da última edição do Foro de São Paulo, ocorrido na semana passada. Tive a oportunidade de representar a UJS na 17 Edição do Foro de São Paulo, ocorrido entre os dias 17 e 20 de maio, na cidade de Managua. O Foro é o espaço de articulação dos partidos de esquerda da América Latina.
Nasceu em 1990, em São Paulo (por isso levou seu nome), quando a avalanche neoliberal deixava consequencias catastróficas para os povos latino-americanos e para as nações. Passou por um amplo processo de amadurecimento, acumulou forças e conseguiu ao longo da última década chegar ao poder em muitos países. Agora, vivemos a fase da consolidação da fase dos governos progressistas e da sua unidade. Aprendemos com a diversidade da grande América e sabemos que só a unidade pode nos fazer fortes para vencer o grande inimigo das nações: o imperialismo. Vivemos as consequências da grave crise do sistema capitalista, que trouxe a tona o debate das alternativas, tema de acalouradas discussões entre os partidos de esquerda. O Foro avança na medida que avançam as experiências de integração, de unidade e de resistência, na medida que consolida-se a luta pelo socialismo na América Latina, enquanto alternativa capaz de dar resposta à crise capitalista.
A partir de 2009, as juventudes do Foro de São Paulo, construíram um processo privilegiado de discussão e passaram a contribuir num outro nível com o Foro. Acontecia o 1º Encontro das Juventudes do Foro de São Paulo, na Cidade do México. Esse novo espaço surgiu da necessidade de uma maior articulação das organizações políticas juvenis no sentido de contribuir com a formulação específica para o Foro. O terceiro encontro juvenil, recém ocorrido simultaneamente ao Foro de São Paulo, demonstrou que esse espaço tem jogado um grande papel para unir essas organizações em ações conjuntas e para a formação de um campo de esquerda convergente a partir das juventudes.
Trata-se de uma nova fase para o movimento juvenil latino-americano, que por sua característica impulsiona os avanços em cada país, ao mesmo tempo que faz política de um jeito diferente. Nossa luta é para acumular forças, ampliar nosso campo e conquistar avanços para o povo. Debatemos as políticas públicas para os jovens do continente, capazes de responder ao desemprego e ao emprego precário, ao acesso à educação, à mobilidade estudantil, ao problema da violência, do narcotráfico, dos preconceitos, da xenofobia.
Queremos tornar as experiências dos governos progressistas um exemplo às juventudes para que possamos tornar o debate do papel da juventude em cada país uma regra a ser implementada em todos os países. Mais do que isso, queremos mostrar que quanto maior a participação e a democracia, mais é possível estabelecer políticas para os jovens.
Queremos ampliar nossos espaços, ver novas vitórias eleitorais ainda esse ano no Peru e na Guatelama, aprofundar as experiências na Argentina e na Nicarágua. Somos as juventudes herdeiras das lutas da América Latina, mas que se constroem e se fortalecem a partir de cada conquista nos países e na região.
São as juventudes latino-americanas do século 21, que não aceitam golpes de Estado, que veem a bandeira da liberdade sendo erguida em vários dos seus vizinhos, mas que sabem que precisam fincar-se cada vez mais fundo nas terras da Pátria Grande. Somos os que lutamos pela unidade das nações e pela necessidade de construir o socialismo, com cara de índio, com jeito de mulher, com a cor misturada, com as características de cada nação e com toda essa diversidade que dá o formato da América Latina.
Viva a unidade da América Latina! Viva as Juventudes do Foro de São Paulo |
Nenhum comentário:
Postar um comentário