Em discurso, presidente enfatiza o crescimento do Brasil e a redução da miséria
Na noite de ontem (26), a presidente Dilma Rouseff discursou no ato do Fórum Social Temático que debatia a participação da sociedade civil no processo do Rio+20. A UNE e UBES organizaram uma caravana para levar os estudantes do acampamento da juventude, onde tem acontecido uma série de atividade e debates, para o Ginásio Gigantinho, onde ocorreu o ato.
Durante discurso no Fórum Social Temático (FST) 2012, a presidente Dilma Rousseff avaliou positivamente a situação na América Latina perante a crise mundial enfatizando os governos progressistas que têm construído alternativas positivas para seus países: “Nós crescemos e diminuímos a desigualdade social enquanto, em outras partes do mundo, o cenário é de estagnação, recessão e desemprego”, disse.
Sobre a política econômica brasileira, afirmou: “Não vamos sacrificam sua soberania frente à pressão de grupos financeiros e agências de classificação de risco”, reforçando que o aumento da desigualdade gera mais exclusão e a perda de direitos já conquistados.
Dilma ressaltou a importância de encontros como o Fórum Social Temático na preparação da Rio+20 num momento em que a crise atual abre caminho para “perigosas ameaças, como o desemprego, a xenofobia e a paralisação das negociações para a redução do aquecimento global”.
“Não é fácil produzir novas ideias e alternativas quando estamos dominados por preconceitos políticos e ideológicos. Nos anos 80 e 90, isso impeliu os países da América Latina a um modelo conservador, que levou nosso país à estagnação, aprofundando a pobreza, o desemprego e a exclusão social. Hoje, essas receitas fracassadas estão sendo propostas na Europa”, pronunciou.
A presidente afirmou que um novo modelo precisa ser discutido, um modelo “sempre associado à expressão sustentável”. Para ela, “Esse objetivo de ser sustentável tem em seu centro o combate à pobreza, à desigualdade social e à sustentabilidade ambiental. Desenvolvimento sustentável é crescimento acelerado da economia para distribuir riqueza, criação de empregos formais, crescimento regional equilibrado e criação de um amplo mercado de consumo de bens de massa”.
Dilma ressaltou que o lugar que o Brasil ocupa atualmente no cenário internacional não é consequência de nenhum milagre econômico, mas resultado de um povo e de um governo que souberam optar por um caminho alternativo.“O Brasil é hoje outro país. Ninguém pode nos tirar isso. Somos hoje um país mais forte, mais desenvolvido e mais respeitado. O mundo do pós neo-liberalismo não pode ser um mundo da pós-democracia. É essa esperança, de jovens e mulheres e trabalhadores do mundo todo que se levantam e manifestam sua indignação, que nos une e mobiliza para a Rio+20 na busca de um outro modo de vida!”, finalizou.
De Porto Alegre,
Camila Hungria para o Portal UNE
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