A Câmara de Vereadores convocou ontem lideranças estaduais e municipais de Porto alegre para a Comissão da Educação e Esporte. Estiveram presentes a União Estadual dos Estudantes (UEE-Livre RS), União Nacional dos Estudantes (UNE), União das Associações de Moradores de Porto Alegre (UAMPA) e União da Juventude Socialista (UJS). O secretário de esportes da capital justifica sua ausência afirmando que o convite formal não haveria chegado a tempo.
Foto: Flávia Lima Moreira |
A mesa coordenada pelos vereadores Joao Derly (PCdoB), Sofia Cavedón (PT) e Tarciso Flecha Negra (PSD), apresentou algumas dificuldades que a população poderá enfrentar nos próximos dias. Porto Alegre pode perder, por falta de projetos, uma verba de R$800 milhões do Governo federal - Via PAC - para obras da prefeitura municipal.
Com a verba, seria possível construir 4 ginásios, acolhendo 12 mil jovens, distribuídos pela cidade. A prefeitura não dispõe de projetos para a aplicação dos recursos. O prazo para apresentação dos projetos é até 05 de abril – próxima sexta-feira.
Para recordar, em 2011 a prefeitura de Porto Alegre deixou de receber uma verba federal de R$1,4 milhão. O recurso já estava destinado, mas a prefeitura não apresentou projeto em tempo para a implementação da Praça da Juventude, que seria localizada na vila Bom Jesus.
João Derly destacou as funções básicas de se ter essas obras concluídas, para auxílio da população. Concluiu reiterando o descaso que a FIFA e o Prefeito José Fortunati tem aos estudantes e idosos, ao tentar anular a lei municipal da meia-entrada durante os jogos da copa do mundo de 2014.
Tarciso compara o país com um restaurante: “Tenho um restaurante e proíbo que fumem no recinto. Vem a FIFA ou o Prefeito e decidem que poderão fumar dentro do local.”
A vice-presidente sul da UNE, Ana Lucia Velho fez menção ao ato contra o aumento das passagens ocorrido dia 1º de abril e reiterou a má administração do governo municipal.
Álvaro Fernandes Lottermann, coordenador geral da UEE Livre, também destacou o aumento das passagens do transporte coletivo municipal para R$3,05, lembrando, além disso, do corte indevido de árvores na área do gasômetro. Concluiu comentando sobre a necessidade das pessoas se manifestarem contrariamente à possibilidade de derrubada da lei da meia-entrada, que considera uma conquista do povo e dos estudantes.
De Porto Alegre, Lucas Bernardes
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