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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Em POA, estudantes ocupam as ruas em defesa da educação


Manifestações históricas reúnem trabalhadores, empresários e movimentos estudantis

Em meio às comemorações dos 240 anos da cidade de Porto Alegre, na segunda-feira (26), atos históricos ocuparam as ruas da capital gaúcha anunciando a chegada do “Março Verde e Amarelo”, atividade característica das entidades estudantis. Somando-se ao movimento “Grito de Alerta – em defesa da produção e do emprego’’, composto pelo conjunto das centrais sindicais, pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Jornada de Lutas, realizada anualmente pelo movimento estudantil em março, une forças para lutar por melhorias significativas na educação.

Para a vice-presidente da UNE no Rio Grande do Sul, Ana Lúcia Velho, tais manifestações são de grande importância, pois extrapolam o movimento estudantil, os trabalhadores e o empresariado. ‘’Lutar por melhorias na educação e o desenvolvimento de nosso país, é de interesse de toda a sociedade’’, pontuou.

Pela manhã, um ato que reuniu mais de mil pessoas em frente à Prefeitura de Porto Alegre reivindicou o passe livre e a meia entrada para os estudantes, melhorias na educação da cidade, respeito ao piso salarial dos professores, além das atuais bandeiras de luta da UNE – 50% do pré-sal e 10% do PIB para a educação. Para o presidente da entidade, Daniel Iliescu, ‘’a UNE quer um país que enxerga com responsabilidade sua juventude, necessitando assim de um projeto educacional que atenda às demandas de democratização do acesso. Por isso lutamos para conseguirmos que 10% doPIB e 50% do Fundo Social do Pré-sal sejam utilizados como recursos a serem investidos na educação’’.

Por mudanças significativas na atual política econômica, desenhada por um histórico de altíssimas taxas de juros e pelo elevado superávit primário que beneficia somente os grandes grupos financeiros, outro ato ocorreu na tarde desse dia 26, saindo do Largo Glênio Peres em direção ao Palácio Piratini, onde uma carta com todas as reivindicações foi entregue ao governador do estado, Tarso Genro.

‘’A gente acredita que o que tem impedido que o país cresça mais e tenha mais investimento em educação, saúde e tecnologia é a política macroeconômica com altas taxas de juros que desestimulam o setor produtivo. Portanto, o que está correndo em Porto Alegre é uma grande movimentação, unificando diversas forças e bandeiras de luta visando chamar a atenção das autoridades para essas questões’’, declarou o Coordenador Geral da União Estadual dos Estudantes do Rio Grande do Sul (UEE Livre “Dr.Juca”), Álvaro Lotterman.

O espírito do Março Verde e Amarelo no Rio Grande do Sul é o de defender a indústria para o desenvolvimento nacional, assim como lutar pelos direitos de milhares de brasileiros, sejam eles trabalhadores ou estudantes.

Renata Bars

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