O primeiro secretário da União dos Estudantes de Novo Hamburgo, Rafael Beck, utilizou a tribuna da câmara de vereadores nesta quinta feira, 29 de setembro, para falar sobre um tema que tem tomado as páginas dos jornais da cidade: o número de vereadores.
Atualmente, Novo Hamburgo conta com 14 vereadores sendo que a lei orgânica do município define em 21. Segundo Rafael o debate tem sido apresentado à sociedade hamburguense de forma unilateral, sem espaço para o contraditório. Além disso, afirma que quando os veículos de comunicação afirmam que fixar o número de vereadores em 21 significa um grande desperdício de dinheiro público, a real intensão está sendo mascarada. "a tentativa é impedir o povo de ser realmente representado. A quem interessa menos vereadores fiscalizando a prefeitura? A quem interessa que negros, mulheres, cidadãos LGBT e jovens não estejam representados? Quem aqui tem medo da democracia?", perguntou.
"Se o debate fica em torno dos gastos, topamos debater isso também. Podemos limitar as viagens, diminuir o salário dos vereadores e ainda, diminuir o número de assessores, já que a câmara deve ser representatividade e não emprego", afirmou o jovem.
Após o pronunciamento, alguns jornalistas atacavam a entidade dos estudantes hamburguenses através do twitter e por blogs. Um deles chegou a fazer analogia com a palavra de ordem dos estudantes na jornada de lutas em março, onde diziam que a passagem de ônibus está mais cara do que a maconha.
A diretora da UBES, Ana Carolini interroga "ter mais facilidade em encontrar algum tipo de droga do que chegar a escola é um problema social. Para o jornalista os estudantes devem se ausentar deste debate também?"
O jornalista finaliza o artigo "Estudantes, maconha e 21 vereadores" com a afirmação: "no passado estudantes lutavam pela democracia, pelo fora Collor, pela ética na política. Hoje, a luta é para colocar mais políticos dentro da câmara. É a geração twitter, orkut e facebook, democraticamente, se manifestando".
E democraticamente, a juventude está se manifestando, respondendo ao jornalista através do twitter @MartinBehrend que a juventude não tem medo da democracia.
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