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sábado, 31 de agosto de 2013

UJS convoca ato cultural contra o racismo




Mais um episódio de intolerância foi divulgado ontem nas redes. A estudante Marina Ceresa, aluna da FAMECOS/PUCRS não poupou palavras racistas em alusão a um episódio que teria acontecido enquanto ia para a faculdade. A estudante alega ter quase sido atropelada, e após o fato não poupou frases racistas por meio de seu twitter. Marina começa com a seguinte frase “Acabei de ser quase atropelada por um casal de negros. Depois vocês falam que é racismo, mas tinha que ser, né?”, logo depois publica novamente,  “E estavam num carro importado. Certo que é roubado”, e para terminar ela complementa, "Eu não sou racista, aliás, eu não tenho preconceitos. Mas, cada vez que aprontam uma dessas comigo, nasce 1% de barreira contra pretos em mim".
Nós da União da Juventude Socialista, repudiamos qualquer ato racista. O que aconteceu ontem não é novidade na sociedade e muito menos nos bancos universitários. E é por isso que lutamos pelas cotas raciais nas universidades brasileiras, pois é só diversificando a universidade, deixando-a de todas as cores, que erradicaremos atitudes racistas do nosso país. Entendemos que somente o debate dentro da universidade é que acaba com este pensamento, os estudantes não podem tolerar este tipo de atitude, mas é preciso tratar a situação como uma forma de aprendizado para todos os estudantes da PUCRS e de todas as universidades. Lutamos por uma universidade plural e igualitária que acolha a todos sem distinção.
A UJS respeita a cultura negra, bem como, reconhece sua luta diária contra o preconceito. Esperamos que a estudante, que é “bixo”, repense sua atitude e se arrependa do seu ato, pois é apenas seu 1º semestre na universidade e não toleraremos mais atitudes racistas, ou de qualquer cunho preconceituoso ao nosso lado na universidade.
O núcleo UJS-PUCRS, encaminhará um ato cultural na FAMECOS para a próxima semana, a temática será o combate ao racismo. E assim, levaremos a cultura ao invés do ódio para a universidade.

Por Dora Dias, estudante de Direito e coordenadora do núcleo da UJS na PUCRS

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