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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Crítica: Uma história de amor e fúria

Dando início ao espaço do blog UJS Gaúcha que trará textos, vídeos e informações que contribuam para a formação da sua militância, apresentamos uma crítica ao filme "Uma história de Amor e Fúria". Envie a sua contribuição para o e-mail ujsgaucha@gmail.com. Confira:


O longa de animação nacional "Uma história de amor e fúria" (2013), dirigido e roteirizado por Luiz Bolognesi tenta corrigir erros na versão da história do país que é comumente difundida nos meios de comunicação e em muitos livros didáticos. Além disso, é uma das poucas animações não dirigidas ao público infantil no cinema brasileiro.

Selton Mello e Camila Pitanga dão voz aos protagonistas, casal que segue ao longo de 600 anos lutando no "lado mais fraco da corda", como afirma o personagem principal, que é imortal e vaga pelo país atrás de sua amada, Janaína.

Da dizimação da tribo tupinambá pelos portugueses em 1566, passando pela derrota dos escravos revoltosos no Maranhão, durante a Balaiada, por quem viria a ser Duque de Caxias, entrando na história da ditadura militar e no Movimento Revolucionário Ação Democrática e, após isso, retratando também as invasões dos morros do Rio de Janeiro, o longa segue recontando a história do povo brasileiro: "Meus heróis não viraram estátua, morreram enfrentando quem virou", cita o personagem central que muda de nome em cada nova etapa do filme.

É em sua parte final, no Rio de Janeiro de 2096, que a animação tem seus detalhes gráficos mais apurados. Milícias com ações na bolsa de valores (!!) são responsáveis pela segurança de uma cidade totalmente verticalizada em que os rebeldes lutam pela democratização da água potável. A animação, além de entreter, debate aquilo que é repetido três vezes no filme: "viver sem conhecer o passado é viver no escuro".

A premiação no Festival de Annecy, principal prêmio de animações no cenário mundial, traz a esperança de que o filme tenha mais espaço no Brasil e receba a atenção merecida.







Por Tiago Morbach
Estudante de Jornalismo
e vice-presidente da UJS Gaúcha


Um comentário:

  1. Boa critica, faltou comentar que o protagonista é tupinambá e a história é baseada na cultura indígena.

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