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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Manuela: Qual a diferença entre 2010 e 2012?

O ano de 2011 vai chegando ao fim. Deixará para o próximo algumas reflexões sobre o processo político em nossa capital e em nosso Estado.

Na política, esse é um ano prensado entre outros dois: 2010 (ano em que uma frente política de unidade da esquerda, com discurso amplo venceu as eleições para Estado) e 2012 (ano em que essa frente será testada em sua capacidade de manter-se unida).
Eleições são espaço de apresentação de projeto, programa e posicionamento político.

O que justifica a existência de uma candidatura de oposição é o projeto, o posicionamento, a visão de que a administração tem limites. Ou seja, é uma visão crítica. Alguns fazem e recebem críticas como se fossem "intocáveis".

As críticas - quando de natureza política, e não pessoais - justificam os diferentes projetos. Se não por isso, qual a razão da existência de uma candidatura? "Protagonismo" do partido e/ou pragmatismo.

Se o projeto político é consistente, ele deve ser maior que esses dois aspectos.
Em 2008, apesar de termos o mesmo diagnóstico sobre a administração Fogaça/Fortunati, não conseguimos unificar nosso posicionamento político, nem o projeto para a cidade.

Já em 2010, a história foi diferente: PCdoB e PSB retiraram uma candidatura viável ao governo do RS, por achar que poderíamos construir um novo ciclo para o Estado com a candidatura de Tarso Genro.

Nossos partidos não tiveram, é evidente, o mesmo protagonismo do PT. Mas vencemos a eleição, pois superamos tudo o que julgávamos MENOR do que a necessidade de retomar o desenvolvimento do Estado, aproveitando o bom momento do Brasil.

O que mudou entre 2010 e 2012? Essa é a questão a ser respondida pelos partidos que elegeram Tarso.

O projeto? Seguimos acreditando na unidade da esquerda, ampliando para todos que se identifiquem com um programa que supera limites da atual administração? O programa ou posicionamento político?

Não temos unidade na avaliação dos limites da atual gestão? Não temos clareza que, independente do partido do atual prefeito, há um projeto, em curso em Porto Alegre, conflitante com o nosso?

Se as premissas são essas, o que nos distancia são as menores questões. Ou não?


Por Manuela D'Ávila em seu blog

6 comentários:

  1. Tarso falirá o Rio Grande do Sul como fez com a prefeitura de Porto Alegre.

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  2. O Governo Tarso Genro foi uma escolha da população, que cansada de ver governos que sucatearam a gestão pública escolheram a gestão do diálogo, da unidade, do desenvolvimento com sustentabilidade. Este governo só foi possível pela visão estratégica de partidos importantes como o PCdoB, visão de projeto para o nosso Estado. 2012 chegou e com ele grandes expectativas de sincronizarmos o desenvolvimento do RS com o de PoA com novas atitudes e amplitude que elegemos em 2010. Gabriela Freitas

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  3. Espero que não estejas se referindo à gestão Yeda Crusius, que, apesar da posição contrária da mídia, colocou as contas do RS em dia.

    E o governador Tarso Genro FALIU a prefeitura de Porto Alegre.

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  4. Colocou em dia? Pois bem meu caro, lamento te informar que ela não fez praticamente nada a única coisa que ela fez foi vender parte do Banrisul e fazer novos empréstimos com o Banco Mundial ou seja ela apenas jogou a bomba para os próximos governos! Quem acha que a Yeda colocou as contas em casa esta profundamente enganado a única coisa que ela fez foi vender o patrimônio do estado!

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  5. Prezado senhor Claudio: O governo do RS vinha por cerca de 30 anos contraindo dívidas imensas, pagas no governo Yeda (isso é um fato), o que possibilitou crédito para o estado (o Banco Mundial só deu aval para os empréstimos devido à então estável situação financeira).

    Quanto à venda de parte do Banrisul, minha opinião é favorável. Enquanto você virá com teorias marxistas sobre a estatização da economia ser algo bom, eu argumentarei com FATOS. As empresas vendidas no governo FHC CRESCERAM. TODAS, propiciando um melhor atendimento à população, ROMPENDO MONOPÓLIOS ESTATAIS.

    Exemplo? Telebras. Uma linha de telefone custava 4 mil dólares, e havia fila de espera de anos. Havia mercado negro.

    Isso pode ser facilmente explicado: o funcionário público brasileiro é estimulado a NÃO TRABALHAR, pois ganha a mesma coisa do que o que nada faz, não pode ser demitido, terá aumentos (ameaçando o governo sempre que pode). ELE NÃO PRECISA TRABALHAR, enquanto, no capitalismo, se não trabalhar, é demitido ou não é promovido, whatever.

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  6. É difícil alguém em sã consciência defender hoje as privatizações de FHC. Não é à toa que o cidadão em questão esconde a identidade no anonimato. Deve ser de vergonha. A privataria tucana defendida pelo "Anônimo" foi um roubo do patrimônio brasileiro. Vejamos o exemplo da Vale do Rio Doce, hoje Vale S.A. Foi vendida por R$3,3 bilhões, o que em 1995 era o lucro de um ano da empresa. Ou seja, foi vendida a preço de banana, como todas as demais 166 empresas.

    Não resolveram os problemas do país, só aprofundaram a dívida interna e externa, geraram desemprego e recessão da economia. Só quem lucrou foram uma meia dúzia de megacorporações e seus lobistas, dentre eles o próprio FHC.

    Quanto a melhora da eficiência do serviço com a privatização, é uma falácia. Sabe-se muito bem que houve um deliberado sucateamento anterior das empresas para que sejam vendidas como "ineficentes e endividadas". Quanto a telefonia, houve um aumento gigantesco das tarifas e a internet é uma das piores e mais caras do mundo. E a energia elétrica nem se fala. Aumento de tarifa acima da inflação e o primeiro apagão em 50 anos. Fiasco é a palavra que define isso.

    O modelo de privatizações segue a mesma lógica que vem determinando a falência da economia européia e estadunidense. O Brasil escapou da crise da economia por não ter seguido essa receita graças a Lula e Dilma, que aumentaram substancialmente o papel do Estado como indutor do desenvolvimento.

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