A União Nacional dos Estudantes (UNE) recebeu a segunda e última parcela da indenização, concedida pelo governo federal, por causa do incêndio que destruiu a sede da entidade, no Rio de Janeiro, em 1964, com a instalação da ditadura militar no país. Em 1980, o então presidente João Figueiredo mandou demolir o prédio. Os valores serão utilizados para a reconstrução da sede da entidade, uma bandeira histórica do movimento estudantil.
Incêndio na sede da UNE, em 1964, no Rio de Janeiro / foto: arquivo
No dia 19 de maio de 2010, o senador aprovou, por unanimidade, o projeto de reconhecimento da responsabilidade do Estado sobre a destruição da sede da UNE, e também da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), e a destinação dos recursos para sua reconstrução.
Instantes antes da aprovação, o relator do projeto, senador Marco Maciel, apresentou parecer e afirmou categoricamente: "esta matéria foi aprovada por unanimidade na Câmara dos Deputados e faço votos de que assim o seja também no Senado".
Augusto Chagas, então presidente da UNE naquela ocasião, comentou que a decisão era uma prova de que o Brasil havia mudado. "A posição unânime dos senadores, seguindo a já exposta pelos deputados, prova que a luta dos estudantes não foi em vão. Hoje o Brasil é outro, a democracia é uma realidade e jamais voltaremos ao passado sombrio de ditaduras".
Lula participa do lançamento da pedra fundamental da nova sede, em 2010/foto: divulgação UNE
Ontem, o governo Dilma Rousseff liberou o pagamento de R$ 14,6 milhões. Em dezembro de 2010, o então presidente Lula já tinha autorizado a liberação de R$ 30 milhões, de um total de R$ 44,6 mi.
Nova sede
Oscar Niemeyer se reúne com estudantes para mostrar projeto para nova sede/foto: divulgação UNE
A nova sede da UNE ganhou um projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, que lançou no dia 20 de dezembro de 2010 a pedra fundamental do prédio, na praia do Flamengo, Rio de Janeiro. O ato contou com a presença de diversas lideranças, inclusive, do então presidente Lula. O novo edifício terá 13 andares e inclui salas de cinema, teatro e o museu Memória do Movimento Estudantil. O custo estimado são os R$ 44,6 milhões da indenização.
Fonte: vermelho.org.br
Um prédio de 13 andares não custa isso, eu acho que a UNE deve mostrar ao povo brasileiro o orçamento dessa obra!
ResponderExcluirA reconstrução do prédio da UNE é um dever do estado! Destruida durante o golpe militar (extamente pelos milicos saberem a sua importância),a obra não será apenas um prédio, e sim a Casa de todos (as) estudantes do Brasil! Terá espaços de cultura e lazer, além de abrigar estudantes que estarão de passagem pelo RJ, isso tudo com o projeto arquitetônico de uma sas maiores personalidades do país. Parabéns à UNE por mais esta conquista!
ResponderExcluirVou ajudar o amigo: "...que inclui salas de cinema, teatro e o Museu do Movimento Estudantil". Hmmm... ah tá, não é só um edifício de 13 andares...
ResponderExcluirVocê, certamente, não entendeu a minha colocação. Minha posição não é contra o fato de ser ou não ser só um prédio. É contra o custo dela, independentemente do que abrigará. Eu realmente acho que a UNE e a UBES devem ter seus espaços (especialmente por terem-nos anteriormente destruídos), mas eu tenho a desconfortável sensação de que a obra está superfaturada.
ResponderExcluirIndependentemente da minha ideologia, eu, COMO ESTUDANTE E CIDADÃO, acho que é OBRIGAÇÃO moral da UNE divulgar o orçamento da obra.
Aliás, o dinheiro fora concedido anteriormente à apresentação deste orçamento ao governo, sem critério algum.
Especulações anonimas não tem crédito algum, meu caro. Se vc acredita que esta havendo superfaturamento na obra de reconquista do espaço dos estudantes, sita-se livre para fazer denúncia junto ao ministério público. E além do mais o senhor poderia pelo menos assinar o que escreve. Juventude que se esconde atrás de especulações anônimas não tem crédito nenhum frente a UNE.
ResponderExcluir'' A UNE SOMOS NÓS NOSSA FORÇA E NOSSA VOZ! ''