A União dos Estudantes de Novo Hamburgo (UENH), realizou hoje, 19, a Jornada de Lutas em defesa da destinação de 10% do PIB para a educação e por mais qualidade no transporte público municipal. A ação reuniu cerca de 1,5 mil estudantes e fez parte das comemorações dos 65 anos da entidade, completos em 14 de março. Na organização do ato, estiveram também entidades como o Diretório Central dos Estudantes da Feevale (DCE), o Sindicato dos Comerciários, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a União Nacional dos Estudantes (UNE).
Para Tatiane Salazar, presidente da UENH, a manifestação é um marco na história da entidade: "Passamos boa parte de nossos 65 anos resistindo à políticas que sucateiam a educação, ao regime militar e à venda do patrimônio público. Porém agora estamos em um momento em que é possível sermos propositivos. Queremos a destinação de 100% dos royalties do petróleo, 50% do Fundo Social do Pré-Sal e 10% do PIB para a educação". A jovem acredita que estas ações podem solucionar algo que chama de "gargalo histórico" do desenvolvimento nacional: "É impossível tratar educação como prioridade se nossas principais riquezas não servem ao nosso povo. Não podemos permitir que o Pré-Sal seja utilizado como o Pau Brasil, a Cana de Açucar e o Minério, que representavam grandes riquezas mas não foram postas a serviço do desenvolvimento nacional", afirmou.
Já o presidente do Grêmio Estudantil Machado de Assis, João Alexandre da Cruz lembra que ainda é grande o número de evasões no ensino médio: "O valor da passagem tem grande responsabilidade com a evasão. Lutamos pela vinda do trem até Novo Hamburgo, agora queremos sua ampliação para as cidades vizinhas e sua integração com a universidade e as escolas. Cada vez mais conquistas é a nossa palavra de ordem", contou.
65 anos de uma das entidades mais tradicionais do Brasil
Foto: Gabriel Arnold |
Em um debate sobre a história da entidade, realizado no dia 14, os estudantes receberam a presidente de 1999, Carla Santos que foi eleita no ano seguinte presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas. Carla dividiu suas experiências de movimento estudantil e demontrou-se bastante otimista com o futuro da entidade.
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