Vídeo em destaque

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Direção Estadual indica Tiago Morbach para a presidência da UJS


Em reunião realizada no último domingo, 27, em Porto Alegre, a direção estadual da União da Juventude Socialista (UJS) do Rio Grande do Sul, debateu as teses do 17º Congresso da entidade e indicou o nome do estudante de jornalismo, Tiago Morbach para a presidência da organização.

Segundo Tiago, a reunião aprovou resoluções importantes, como a realização de campanha pela criação da Universidade Federal dos Vales e a expansão da UFRGS para a Serra Gaúcha, assim como a criação de uma comissão de acompanhamento às obras realizadas nas escolas públicas estaduais. Tiago também afirmou estar preparado para o desafio de presidir a UJS: "o desafio desta tarefa é imenso, mas ela é compartilhada com milhares de pessoas que constroem a UJS no seu cotidiano", afirmou.

Sobre Tiago Morbach

Tiago Morbach, 23 anos, é bolsista do ProUni e estudante de jornalismo da Universidade Feevale. Filiou-se já em 2004, quando reorganizou o Grêmio da Escola Dom Pedro II, em Novo Hamburgo. Presidiu o Grêmio Estudantil Machado de Assis, do Colégio Estadual 25 de Julho e a União dos Estudantes de Novo Hamburgo (UENH). Na cidade foi também vice-presidente da direção municipal da UJS, presidente do Conselho Municipal de Juventude, membro do Diretório Acadêmico de Comunicação e presidente do Diretório Central dos Estudantes da Feevale, período em que fundou o Centro Universitário de Cultura e Arte da universidade. Atualmente, Tiago acumula a vice-presidência estadual da UJS e a diretoria de comunicação.


terça-feira, 22 de abril de 2014

Manuela: Consideramos justa toda forma de amor


Repetidas agressões a homossexuais mostram que a intolerância em relação à diversidade sexual está longe de ter fim. Conforme levantamento do Grupo Gay da Bahia, em 2013, a cada 28 horas, uma morte LGBT foi registrada no país. Mais do que aprovar uma lei que criminalize a homofobia, precisamos que a cultura do ódio dê lugar ao respeito pela escolha afetiva de cada um. Acreditamos que a educação é uma grande aliada na superação de preconceitos.

Alvo de polêmica nas discussões a respeito do Plano Nacional de Educação, a “ideologia de gênero” está sendo alvo de manipulação para colocar a população contra um PNE transformador e inclusivo. Grupos de parlamentares alegam injustamente que a reivindicação de um ambiente escolar livre de bullying e discriminações é um “ataque à família”. Apesar da polêmica, o debate se refere simplesmente ao artigo que defende “a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual”. O projeto acabou por não ser votado. Um retrocesso, tendo em vista que a educação pode ser vista como fator essencial para garantir inclusão, promover igualdade de oportunidades e enfrentar a discriminação e violência, especialmente no que se refere a questões de gênero e sexualidade. As mortes de LGBTs aumentaram 14,7% nos últimos quatro anos. Não podemos fechar os olhos. A questão do preconceito parece estar enraizada na nossa cultura de tal forma, que não basta apenas tolerância. Precisamos, sim, lutar por uma legislação mais contemporânea em relação à homofobia, mas temos que ir além. A sala de aula nos parece ser um lugar privilegiado para a promoção da cultura de reconhecimento da pluralidade das identidades e dos comportamentos relativos a diferenças.

Desde que presidi a Comissão de Direito Humanos e Minorias até agora, percebo como grupos machistas e homofóbicos conseguiram, por motivos diversos, ganhar força. Trabalhando sensações reais para chegar até as pessoas (por exemplo, propagando que “é preciso aprovar a pena de morte porque as cidades estão tomadas por bandidos”), aproveitam a falta de informação de muitos, tratando com radicalismo angústias reais da nossa população, para propagar mentiras e incitar o ódio. A homofobia é resultado do modelo cultural em que se inserem os indivíduos. É o imaginário popular que estabelece os padrões de masculino e feminino, heterossexual e homossexual. Cabe à sociedade, então, reduzir essas diferenças até que elas deixem de existir. A escola pode e deve abordar essas questões.

Se o que buscamos é uma sociedade justa e igualitária, precisamos voltar atenção para a parcela da população que vive ameaçada e marginalizada simplesmente por ser como é. Não podemos ficar inertes perante um sistema que nega direitos com base unicamente na orientação sexual. Uma educação não discriminatória, que não reproduza estereótipos de gênero, raça ou etnia é nossa esperança para que as futuras gerações vivam num país de mais respeito a toda forma de amor.

*Publicado originalmente no jornal Zero Hora do dia 22-04-2014

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Manuela: Porto Alegre quer pedalar sem medo


Em artigo para o Sul21, a deputada Manuela d'Ávila (PCdoB) fala sobre a situação da mobilidade urbana de Porto Alegre e a necessidade de investimento em ciclovias.
Confira o texto na íntegra:

No ranking da mobilidade urbana, Porto Alegre sempre fez feio. Ainda em 2010, entre nove principais capitais brasileira,  era a sétima em mobilidade urbana, com nota 3,5. O estímulo à redução do uso de carro como meio de transporte individual, promovendo melhorias no transporte coletivo e valorizando o uso de bicicletas, foram algumas das estratégias que apontamos. Quatro anos se passaram e a questão literalmente não andou. Pedalar pelas ruas de Porto Alegre é um risco que pode resultar em tragédia, como presenciamos nos dois casos de adolescentes mortas recentemente. Ambas usavam a bicicleta para se locomover.
Apesar da previsão legal estabelecida pelo Plano Diretor Cicloviário Integrado, sancionado pelo governo municipal em 2009, as iniciativas de promoção do transporte cicloviário pouco contribuíram com quem quer usar a  bicicleta como meio alternativo de locomoção. A rede existente está voltada principalmente para o lazer. A questão das ciclovias novamente veio a tona com o atropelamento de um grupo de ciclistas, na Cidade Baixa, em 2011. Após o fato, a prefeitura intensificou a construção de ciclovias e ciclofaixas, mas de forma aleatória e desconectada.
A morte das duas universitárias, apesar da localização distinta, comprova que o público universitário é usuário da bicicleta e possui capacidade de fortalecer e estimular a cultura da bicicleta na cidade. Mas, para tanto, precisam ter o mínimo de segurança para pedalar. Ciclovias em bairros populares, instalação de bicicletários em locais de grande circulação, 20% do valor das multas de trânsito revertidas para ciclovias e ciclofaixas são assuntos batidos. No mínimo, precisam ser respeitados porque são lei.
Precisamos ir além. Quando falamos especificamente  em uma linha universitária de ciclovia, estamos defendendo a priorização da construção nas avenidas que ligam os campi das principais universidades da capital. Assim, não só estimularíamos o uso da bike, um dos objetivo do Plano de Diretor Cicloviário Integrado, mas contribuiríamos com a  redução de  deslocamentos articulada com o próprio desenvolvimento e organização da cidade. Tudo isso com segurança. Até quando aqueles que optam por um transporte alternativo em Poa terão que pedalar com medo?
Manuela D´Ávila é deputada federal